Já foram intercetados pelo menos 28 migrantes ilegais que desembarcaram na Ilha Deserta, em Faro. A operação conjunta da Autoridade Marítima e da GNR permitiu a detenção do se julga ser a totalidade dos elementos que estavam em fuga.
O SEF confirmou à Renascença que entre os 28 migrantes interceptados contam-se três mulheres, uma delas grávida. Há ainda um menor que afirma ter 15 anos.
A diretora-nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) já está a caminho do Algarve.
Contactada pela Renascença, a Autoridade Marítima confirma que este gurpo vai agora cumprir uma série de procedimentos antes de ser entregue ao SEF, incluindo testes à Covid-19.
O grupo terá partido de Marrocos e terá tentado fugir após a chegada numa embarcação ao areal da Praia Deserta, um momento que foi testemunhado pela proprietária de um restaurante daquela zona.
"Era um barco com 9, 10 metros, cheio de imigrantes. Eles tentaram desembarcar aqui na concessão mas foram impedidos pelos nadadores-salvadores. Então foram desembarcar mais à frente. Mas estavam aqui mesmo junto ao restaurante", conta Isabel Vicente à Renascença.
Isabel foi uma das pessoas que comunicaram o incidente às autoridades via 112.
Isabel diz ter visto dois grupos intercetados pela polícia - o primeiro com 25 a 30 pessoas. "O outro grupo foi agora apanhado", garante.
A ilha, que fica a cerca de 20 minutos de barco de Faro, não possui habitantes e apenas tem um restaurante - o de Isabel Vicente - e um apoio de praia.
Fonte do Ministério da Administração Interna adiantou à Renascença que está a reunir informações sobre este desembarque.
Este é o sexto desembarque de migrantes no Algarve desde o início do ano. Nos últimos meses, foram intercetados na região 69 migrantes provenientes do norte de África.
O último caso ocorreu em julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcou na Ilha do Farol, também no concelho de Faro.
A diretora nacional do SEF afirmou, na altura, que é “inegável” a sucessão de desembarques de migrantes marroquinos na costa algarvia, mas considerou “prematuro” falar da existência de uma rota de imigração ilegal.