O padre de Cardigos, localidade do concelho de Mação afetada pelo incêndio que lavra naquela zona do distrito de Santarém, apelou este domingo aos seus paroquianos para que ajudem os bombeiros que combatem as chamas. "Temos de acolher, temos de ajudar os bombeiros, especialmente bombeiros que não são daqui, que as pessoas nunca viram nem nunca pensaram que algum dia cá vinham. E temos de nos ajudar mutuamente, mais do que estar a julgar este ou aquele pelo que quer que seja", disse António Assunção.
O padre adiantou que hoje celebrou missa, como habitualmente durante a manhã, naquela freguesia do norte do concelho de Mação "e as coisas estavam bastante mais calmas". "Mas depois a situação começou a complicar-se ao início da tarde", frisou António Assunção, que durante a celebração eucarística tinha apelado aos seus paroquianos "para terem cuidado, estarem atentos, em segurança e ajudarem-se uns aos outros".
No município vizinho de Vila de Rei, na freguesia de Fundada, distrito de Castelo Branco, onde o incêndio começou ao início da tarde de sábado, o padre João Pires Coelho também celebrou missa hoje de manhã, às 11:00, argumentando que a celebração decorreu "de forma normal". "As pessoas estavam muito mais serenas porque ali já tinha ardido durante a tarde [de sábado]. Mas recomendei para terem muito cuidado com o fogo, até porque os bispos têm insistido com os padres para junto dos seus paroquianos lembrarem o perigo das queimadas e de se exporem aos incêndios", declarou. "E protegerem-se se existir perigo", adiantou João Pires Coelho.
O incêndio que começou cerca das 15h00 de sábado em Vila de Rei e se estendeu ao início da noite ao concelho de Mação, permanece ativo e às 20h10 estava a ser combatido por 863 operacionais, apoiados por 266 viaturas e 7 meios aéreos.