Covid-19. Confap defende regresso dos alunos mais novos ao ensino presencial em março
12-02-2021 - 20:27
 • Teresa Almeida (entrevista), André Rodrigues (texto)

Proposta vai ser apresentada por Jorge Ascensão este sábado na reunião do conselho executivo do órgão representativo das associações de pais. Sobre as alterações ao calendário escolar reveladas na Renascença pelo ministro da Educação, o presidente da Confap diz que já eram esperadas, mas avisa para eventuais impactos na saúde mental dos jovens.

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A Confederação das Associações de Pais (CONFAP) vai pedir ao Governo que o regresso às aulas, de forma gradual, possa acontecer já em março, com prioridade para os alunos mais jovens.

A proposta vai ser apresentada por Jorge Ascensão ao Conselho Executivo da Confap que reúne este sábado.

Em declarações à Renascença, o presidente do movimento que representa as associações de pais argumenta que “temos 1,3 milhões de alunos, se estivermos a falar só de pré-escolar e primeiro ciclo, estaremos a falar, no máximo de 500 mil alunos”.

Neste quadro, Jorge Ascensão diz esperar que “durante o mês de março possa ser possível, pelo menos para os mais pequeninos” regressar ao ensino presencial.

Em relação aos ciclos de escolaridade mais avançados, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou esta sexta-feira na Renascença que a primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário vai realizar-se entre 2 e 16 de julho e que a segunda fase passa para setembro, entre os dias 1 e 7, com afixação dos resultados prevista para 16.

Já as provas de aferição, com exceção das disciplinas de Educação Física e Expressão Artística, estão marcadas para a semana entre 14 e 21 de junho.

Para Jorge Ascensão, esta alteração “já era esperada”.

“Tendo havido 15 dias de interrupção letiva, parece lógico que tenha de ser feita essa compensação, e que se encontre um equilíbrio para que, depois, haja tempo para as avaliações e para preparar o ano letivo seguinte”, referiu.

Contudo, o presidente da Confap avisa para eventuais impactos de um confinamento ainda mais prolongado: “eles vão aguentar, porque têm essa capacidade da resistência, mas que é uma situação com algum impacto, nomeadamente ao nível da saúde mental, claro que sim. Por isso, temos que procurar evitar o mais rápido possível que isto possa prolongar-se muito no tempo”, conclui.