Nos primeiros sete meses de 2023, registaram-se 20.829 acidentes nas estradas portuguesas. Destes resultaram 287 vítimas mortais, 1.523 feridos graves e 24.323 feridos leves, de acordo com o relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, divulgado esta quinta-feira. Os dados reportam-se a todo o território nacional.
Em comparação ao ano de 2019, que é o ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal, o país registou, em 2023, mais 23 acidentes, menos nove vítimas mortais, mais 129 feridos graves e menos 781 feridos leves.
No entanto, quando comparado com o ano hómologo, os números de sinistralidade aumentaram em Portugal Continental. Há registo de mais 1.594 acidentes, mais 31 vítimas mortais, mais 80 feridos graves e mais 1.899 feridos leves.
Pouco mais da maioria (53,4%) dos acidentes registados foram por colisão. O despite é a segunda forma de acidente mais frequente e é desta que surgem mais vítimas mortais.
O número de infrações ascendeu aos 694 mil, mais de 12% face a 2022. Entre janeiro e julho de 2023, a maioria destas infrações são referentes a excesso de velocidade. Além disso, registou-se um aumento das infrações relativas ao sistema de retenção para crianças e devido à ausência de seguro.
Mais de um milhão de condutores foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool nos primeiros sete meses de 2023.
Houve mais detidos por criminalidade rodoviária este ano em comparação com 2022, a maioria devido à condução sob o efeito de álcool.
Cerca de 618 mil condutores perderam pontos na carta de condução, desde junho de 2016, ano em que entrou em vigor o sistema de carta por pontos.