Novo presidente da CIP vai apresentar pacto de crescimento
12-04-2023 - 22:00
 • Tomás Anjinho Chagas

Armindo Monteiro considera que Portugal pode e deve ser honrando, mas não precisa de ser pobre, e lamentou que o país não crie incentivos para criar riqueza.

Portugal não precisa de ser pobre para ser honrado, defendeu esta quarta-feira o novo presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal. Armindo Monteiro vai apresentar um pacto de crescimento para o país.

Na cerimónia de tomada de posse, Armindo Monteiro defendeu que Portugal precisa de uma "agenda de mudança". Nesse sentido, comprometeu-se a apresentar ao Governo, dentro de 30 dias, um pacto para o crescimento do país, com medidas concretas.

"Assumo aqui o compromisso de, dentro de 30 dias, apresentarmos ao Governo uma proposta de Pacto para o crescimento de Portugal, com medidas concretas", disse o novo presidente da CIP. O documento terá "metas, objetivos e desígnios bem definidos e com prazos estabelecidos".

Armindo Monteiro considera que Portugal pode e deve ser honrando, mas não precisa de ser pobre, e lamentou que o país não crie incentivos para criar riqueza.

“Portugal historicamente nunca incentivou a população a melhorar as suas condições materiais de vida. É lamentável, mas é verdade. Durante décadas, assumimos o papel de pobrezinhos da Europa. Pobres, mas honrados e esse tempo acabou. Se nós queremos ser uma nação próspera, podemos e devemos continuar a ser honrados, mas não precisamos de ser pobres”, declarou o novo “patrão dos patrões”.

O sucessor de António Saraiva garante que a CIP não tem um propósito corporativo e que quer apenas melhorar o país.

Armindo Monteiro pede uma cultura de respeito por aqueles que produzem riqueza em Portugal.

“Portugal precisa de uma agenda de mudança e de transformação orientada para o crescimento da produtividade, uma agenda que torne o país mais competitivo”, sublinhou.

Armindo Monteiro afirma que quer dar uma nova centralidade à Concertação Social, mas o novo presidente da CIP avisa os parceiros sociais: as propostas apresentadas têm de ser racionais.