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O presidente do Santander Totta, António Vieira Monteiro, refutou as acusações de Jorge Tomé, antigo presidente do Banif sobre o alegado aliciamento a clientes do banco na Madeira semanas antes da resolução do banco.
"A resposta é que não houve ninguém a fazer essas operações ou esses comentários. Temos a certeza hoje que isso não se passou e isso está documentado por escrito", afirmou em conferência de imprensa Vieira Monteiro.
No final de Março, durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao Banif, Jorge Tomé tinha dito que existiu um movimento “anormal" na Madeira semanas antes da resolução do banco, com clientes a dizerem que no Santander tinham sido informados sobre o fecho daquela instituição bancária.
"Houve um movimento algo anormal na Madeira", afirmou aos deputados Jorge Tomé, sublinhando que estavam "montantes significativos em causa".
E especificou: "Houve um movimento de vários clientes que chegavam aos nossos balcões dizendo que vários balcões do Santander lhes tinham dito que o Banif ia acabar em Dezembro e que deviam passar o seu dinheiro para o Santander".
Jorge Tomé tinha sido questionado sobre esta matéria pelo deputado do PCP, Miguel Tiago.
A 20 de Dezembro o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da actividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros activos - incluindo “tóxicos” - para uma nova sociedade veículo.
A resolução foi acompanhada de um apoio público de 2.255 milhões de euros, sendo que 1.766 milhões de euros saem directamente do Estado e 489 milhões do Fundo de Resolução bancário, que consolida nas contas públicas.