O primeiro-ministro iraelita, Naftali Bennett, anunciou, na quinta-feira, que a África do Sul deu entrada na “lista vermelha” da covid-19, proibindo temporariamente os voos, devido ao risco associado à nova variante detectada no país.
Lesoto, Botswana, Zimbabwe, Moçambique, Namíbia e Eswatini foram, também, adicionados à lista. Está proibida a entrada em Israel de passageiros, sem nacionalidade israelita, com origem e destino em qualquer um destes países.
Passageiros que regressem de uma destas sete nações terão de cumprir uma quarentena de sete dias em instalações estatais, independentemente do estado vacinal. O confinamento só será dado como terminado após dois testes PCR negativos. O período aumenta para um mínimo de 14 dias para pessoas que se recusem a realizar o teste.
A variante B.1.1.529, que está a alarmar as autoridades de saúde, apresenta uma “constelação muito incomum” de mutações, que podem ajudar o vírus a escapar à resposta imunitária do organismo, adiantaram autoridades sul africanas, citadas pelo jornal israelita "Haaretz".
A variante é já responsável por cerca de 90% dos novos casos identificados em Gauteng, uma das mais populosas províncias da África do Sul.
Também o Reino Unido proibiu voos de seis países africanos, com receio da mesma variante. A Alemanha suspendeu viagens de e para a África do Sul.
"A partir do meio-dia de amanhã [sexta-feira], seis países africanos serão adicionados à lista vermelha, os voos serão temporariamente proibidos e os viajantes do Reino Unido deverão ficar em quarentena", escreveu em comunicado o secretário da Saúde britânico.
Sajid Javid alertou que a nova variante detetada na África do Sul "pode ser mais transmissível que a Delta" e acrescentou que "as vacinas atualmente no mercado podem ser menos eficazes". Segundo especialistas, esta variante é "a pior identificada até agora".