Portugal e Espanha anunciaram, esta sexta-feira, que irão fixar tetos máximos ao preço do gás usado na geração de eletricidade.
A novidade aliás já tinha sido dada hoje pela a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, após a obtenção de acordo no Conselho Europeu para que os parceiros ibéricos recebam "tratamento especial" no mercado de energia nesta fase.
António Costa disse que o avanço desta medida tem como objetivo que "o crescimento do preço do gás não tenha um reflexo na fatura da eletricidade". Estas mudanças vão permitir que haja poupanças significativas "para as famílias e para as empresas".
O primeiro-ministro português considera que com estas medidas "vamos conseguir fazê-lo [poupar famílias e empresas] sem pôr em perigo a integridade do mercado".
Segundo Costa, estas "medidas são temporárias", e devem-se à especificidade do contexto ibérico no mercado europeu de energia, devido a um "nível de ligação muito pequeno entre o nosso sistema energético e o resto da Europa".
Já em relação à descida da taxa do IVA nos combustíveis, António Costa disse que "ainda não há uma resposta final" da Comissão Europeia, mas mesmo que houvesse não podia ser aplicada sem que o novo Governo tome posse. Ainda assim lembrou que "nas conclusões finais da Comissão essa medida genérica está lá".
O mesmo António Costa acrescentou ainda que a guerra da Ucrânia desbloqueou assuntos que se arrastavam há anos entre os vários governos europeus, como a interconexão das redes de energia entre Portugal, Espanha e França, que faz a ligação da Península Ibérica com o resto da Europa.
Já o líder do governo espanhol, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, disse em relação a este anúncio que: "A medida não distorce o mercado, mas vai permitir aos dois governos baixar os preços da energia".