O navio “Aquarius”, da organização não-governamental SOS Mediterranée, partiu para Espanha, escoltado por duas embarcações da Marinha italiana com as quais repartiu os 630 migrantes, depois de o Governo italiano ter rejeitado o desembarque.
O navio tinha 630 imigrantes a bordo, segundo uma nova contagem, que foram salvos no fim de semana no Mediterrâneo. Os dois navios italianos estão a ajudar no transporte dos imigrantes para Valência, em Espanha, aliviando o navio Aquarius.
Vão chegar ao porto de Valência três embarcações: o Aquarius com 106 imigrantes a bordo (51 mulheres, 45 homens e 10 crianças), enquanto os restantes foram divididos pelo navio Orione da Marinha italiana e pelo navio Dattilo da guarda costeira.
Os imigrantes já foram informados de que vão chegar a Espanha em vez de Itália, mas agradeceram, uma vez que o seu principal receio era o de regressarem à Líbia, país de onde tinham navegando.
As organizações não-governamentais preferiam que os imigrantes fossem para um porto seguro mais próximo para permanecerem na área e continuarem a ajudar a salvar vidas, referindo que a viagem para Valência "reduz muito a capacidade de resgate no local".
O navio Aquarius permaneceu nos últimos dias em águas internacionais entre Malta e Itália e, depois da transferência de imigrantes para os navios da Marinha italiana estarem concluídas, zarpou rumo a Valência, cerca das 20h00, sendo estimado que a viagem demore quatro dias.
A recusa da Itália em receber o Aquarius causou uma série de acusações entre diferentes países europeus, para os quais Roma reivindica a distribuição de imigrantes que chegam da África e a revisão do Protocolo de Dublin, que estabelece normas.