O bispo de Coimbra considera que as dificuldades da pandemia e os problemas sociais marcam esta quadra e desafia os jovens a ensaiar “novos modos de ser” que sejam “verdadeiramente transformadores”.
“Caríssimos jovens, este é o tempo de Graça, esta é a oportunidade que todos nós temos para irmos ao presépio, para nos encontrarmos com Cristo, para pensarmos nos outros, para ensaiarmos novos modos de ser, de estar e de viver, que sejam verdadeiramente transformadores”, afirmou D. Virgílio Antunes na sua Mensagem de Natal.
Num ano Pastoral centrado nos jovens, o bispo de Coimbra disse que este Natal assume também essa “marca muito específica”.
“A Igreja que nós somos volta-se para os jovens, com um carinho, com um abraço muito grande, no qual quer envolver a todos, procurando ser espelho desse abraço de Deus que, por meio de Jesus, quer envolver todas as pessoas”, acrescenta.
D. Virgílio Antunes lembra que o Natal é vivido em “circunstâncias particulares”, por causa da pandemia e dos problemas de caráter económico, familiar e os problemas laborais.
“Inclusivamente na nossa Igreja estamos a viver um tempo em que precisamos de retomar, renascer, reiniciar uma prática de vida cristã que porventura fomos perdendo ao longo dos tempos passados”, acrescentou.
Este tempo do Natal do Senhor é o tempo mais apto para que possamos efetivamente renascer dentro de nós próprios, fazer renascer a nossa Igreja e a sociedade humana de que todos somos membros.
O bispo de Coimbra disse que o Natal se centra numa Pessoa, Jesus Cristo, que assumiu “toda a realidade humana” para, identificando-se com ela, e a elevar até “ao mais alto” das aspirações humanas, concretizando “sonhos”, “desejos” e “esperanças”.
Na Mensagem de Natal divulgada em vídeo, D. Virgílio Antunes lembrou “os que estão doentes, que estão encarcerados, que são idosos, que estão sós, que vivem qualquer tipo de problema familiar, nas suas relações com os outros, que estão porventura pobres e fracos no seu caminho de fé” e deixou a todos uma “Palavra de conforto e consolação”.
“Que seja um Natal renovado, na esperança e no desejo que temos de comunicar uns com os outros, o grande dom que recebemos”, concluiu o bispo de Coimbra.