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Os ensaios clínicos para avaliar os tratamento com recurso a plasma de doentes curados devem arrancam muito em breve.
A confirmação é da presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), Maria Antónia Escoval, que, em declarações à Renascença, explica que “Portugal tem já desenvolvido o procedimento para colheita de plasma convalescente. O que significa que a primeira fase deste processo está terminada e já estão identificados os locais onde poderá ser feita esta colheita”.
“A segunda fase será de elaboração de protocolos para ensaios clínicos. E é nessa fase que estamos”, sublinha.
Maria Antónia Escoval acredita, por isso, que “muito em breve” a nova terapêutica experimental começará a ser testada.
“Tudo isto evolui muito rapidamente e temos novidades científicas de um dia para o outro. Mas estamos todos a trabalhar em contra-relógio e a fazer o melhor possível e creio que teremos ensaios muito em breve. Mas é impossível dizer uma data”, esclarece.
A terapêutica consiste em usar o sangue de doentes curados para tratar pacientes infetados. Maria Antónia Escoval esclarece que Portugal junta-se, assim, a outros países europeus que tentam a comprovação científica de uma técnica utilizada, por exemplo, na China. Experiências que têm sido “bem sucedidas”, mas às quais falta alguma “comprovação científica”, que Portugal e outros países procuram agora alcançar.
Portugal tem, à data, 13.956 casos confirmados, 115.158 suspeitos, 205 recuperados e 409 mortes pela Covid-19.