A comissão política nacional do PSD vai decidir na reunião da próxima terça-feira se o partido deve concorrer sozinho às eleições legislativas ou em coligação com o CDS e/ou PPM.
Em Barcelos, à entrada para o congresso dos Autarcas Social Democratas, questionado pelos jornalistas, Rui Rio disse que “na terça-feira à tarde há reunião da direção nacional que vai decidir se propõe ao conselho nacional a coligação a dois ou a três, com o CDS e/ou PPM”.
O líder do PSD recusou dizer o que defende. “Não vou dizer em público porque senão depois dizem que perdi.”
O tema já foi discutido uma primeira vez numa reunião da comissão política e em entrevista à Renascença Rui Rio admitiu que “naquela reunião todos os que falaram foram maioritariamente a favor do PSD ir sozinho às legislativas”. Apesar desta tendência, Rio vai levar a proposta a votos que terá depois de ser levada à reunião do conselho nacional que se realiza em Évora na noite de terça-feira.
Esse é sem dúvida um dia decisivo para o partido. A direção vai aprovar as listas de candidatos a deputados que têm gerado muita polémica. Logo na noite das eleições Rio avisou que ia dar primazia á competência e que não havia lugar na bancada do PSD aos que foram “desleais” mas mais tarde em várias entrevistas garantiu que não ia existir “uma limpeza étnica”.
Este sábado, três elementos da direção reuniram-se com várias distritais do norte do país para acertar os nomes dos candidatos a deputados. Nomes que vão agora ficar definidos na reunião da comissão política nacional e que são levados depois ao Conselho Nacional para serem aprovados.
Mas o processo não tem sido pacífico, ainda esta semana a direção do PSD citada pela agência lusa admitia sentir-se "afrontada" com os nomes que estão a ser propostos pelas Distritais para candidatos a deputados. Os casos do Porto e de Lisboa são os mais flagrantes. Em causa estão nomes que apoiaram Paulo Rangel à liderança do PSD, e de fora outros que são apoiantes de Rui Rio, como Ricardo Batista Leite, no caso da distrital de Lisboa.