Ir às compras com Anita e "nem um euro" no Novo Banco. 16 frases marcantes de Centeno
09-06-2020 - 15:21
• Inês Braga Sampaio
O imaginário do ex-ministro das Finanças está repleto de personagens e metáforas que coloriram os seus 1.664 dias no Governo.
Mário Centeno deixou de ser, esta terça-feira, ministro das Finanças, tendo sido substituído por João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento. Foram, segundo o próprio, 1.664 dias no cargo, durante os quais deixou no livro de histórias várias frases marcantes.
- "Tenho a convicção de que vamos aprovar todos os orçamentos da legislatura". 12 de novembro de 2015, na Renascença
- "Estou a caminho de ser o ministro das Finanças mais longevo da democracia. Já fiz aprovar cinco orçamentos". 27 de fevereiro, ao "Expresso"
- "Se não estivermos focados no próximo jogo, podemos não sobreviver ao seguinte. Nós fizemos com que passasse a ser normal cumprir os objetivos orçamentais, acertar nas previsões macroeconómicas, ou até a ser superada a realidade". 27 de fevereiro, ao "Expresso".
- "Não há nenhum euro dos contribuintes a ser usado na injeção no Novo Banco". 6 de março de 2019, à RTP3
- "O país nunca esteve tão bem preparado para uma crise desta natureza [pandemia]". 25 de março de 2020
- "A austeridade em Portugal chegou ao fim." Janeiro de 2018
- "Saída limpa [da crise] do PSD/CDS foi afinal uma nódoa". 10 de janeiro de 2020
- "Primeiro o país, depois o Governo. Mário Centeno tem muito tempo". 17 de abril de 2018, ao "Jornal de Negócios"
- "Nunca antes um Orçamento tinha sido apresentado tão pouco tempo depois da posse do Governo. Isso é o melhor indicador da coesão do Governo e da coesão em torno de um programa de Governo que todos queremos implementar, que tem neste instrumento orçamental uma das suas peças mais importantes". 16 de dezembro de 2019
- "O tempo dos orçamentos retificativos e das derrapagens orçamentais é passado. Se tivesse de usar um título para um filme do que teria sido esta legislatura para a nossa direita, então eu colocava o seguinte: sozinhos e perdidos nas contas. Foi isso que aconteceu exatamente ao longo da presente legislatura". 20 de julho de 2019
- "Como seria de esperar, lá temos observado o habitual coro de penitentes relembrando-nos quão errados estavam em 2016, porque não acreditaram neste Governo, nem na enorme força de transformação dos portugueses. Sim, havia uma alternativa e as soluções que adotámos são agora um exemplo para a Europa. Esse coro de penitentes, alardeando o mesmo véu de ignorância com que sempre acenaram, confundem hoje trabalho e superação com truques de ilusionismo". 23 de maio de 2019
- "Escolhemos melhorar a vida a quem o anterior Governo fez pagar a crise, depois de uma vida de trabalho". - 3 de novembro de 2016
- "Ninguém descobriu o elixir do crescimento eterno. Todo o processo de crescimento económico é, fazendo uma analogia com a atividade desportiva, uma maratona, não é uma corrida de 100 metros". 31 de janeiro de 2019
- "O investimento não é como o 'Anita vai às compras', não vamos com o Pantufa, com um cesto, comprar investimento. O investimento tem concursos e às vezes os concursos ficam desertos, tem acontecido durante este ano, porque ninguém faz propostas abaixo do preço que a Administração Pública coloca como valor máximo de licitação". 2 de abril de 2019, ao "Público"
- "Não há milagres. Nada do que aqui está tenta transformar milagrosamente a economia portuguesa". 2015, ao "Jornal de Negócios"
- "Para mim é o fim de um ciclo longo para a história da democracia portuguesa, são 1.664 dias como ministro das Finanças, que acresce mais 900 dias em acumulação de cargo com a presidência do Eurogrupo. Os números sempre fizeram parte deste trajeto, eles sempre estiveram certos e eu queria deixar aqui um testemunho e uma quase certeza – naquelas certezas que podemos ter – é que eles vão continuar a estar certos, porque o João Leão, com quem tive o enormíssimo prazer de trabalhar, é um fator de continuidade de um trajeto que Portugal merece, que Portugal tem de aproveitar e que nos trouxe até este ponto com a capacidade que temos hoje de responder a esta enorme crise e com o grau de preparação muito elevado com que estamos a fazê-lo". 9 de junho de 2020