O primeiro-ministro diz que as críticas que o PSD tem feito sobre Pedrogão Grande não lhe merecem comentários e sublinho que é preciso investir todo o esforço na reconstrução do território afectado pelo incêndio de Junho.
"Agora é preciso investirmos todo o nosso esforço na reconstrução deste território, quer das habitações das famílias, quer nas empresas que tem que voltar a laborar e aquilo que podemos ver e que já temos várias casas em reconstrução, 38, cinco casas construídas e os apoios às empresas estão abertos", afirmou António Costa.
O primeiro-ministro, que falava em Figueiró dos Vinhos, no final de uma visita à área ardida e às obras de reconstrução nos três municípios mais afectados pelo incêndio de Junho, adiantou que já foram adoptadas medidas de agilização à actividade agrícola, sendo que aqueles que possuem danos inferiores a mil euros, a segurança social pode apoiar directamente.
Nestas condições estão cerca de dois mil lesados e apenas 300 vão ter que apresentar candidaturas no âmbito do Programa de desenvolvimento Rural (PDR), sendo que o total destes atinge prejuízos de 18 milhões de euros.
O governante disse ainda que em relação ás críticas que têm sido feitas pela oposição e nomeadamente pelo PSD, não lhe merecem qualquer comentário.
Contudo, o primeiro-ministro disse que não entra em "jogos político-partidários" e adiantou que se a "oposição fizesse alguma coisa de útil "já não seria mau".
"Nestes dois meses há todo um trabalho a fazer. As câmaras municipais encontraram um modelo ágil de um projecto tipo usado pela câmara de Pombal e isso agiliza e acelera a obra. Arder, arde num instante reconstruir demora tempo. Há uma mobilização total das câmaras, das populações e da administração central para que se possa virar a página desta tragédia", disse.
Quanto ao futuro, adiantou que é essencial para este território planear-se a sua revitalização e adiantou que a Unidade de Missão Para a Valorização do Interior (UMVI) foi instalada em Pedrógão Grande para desenvolver a revitalização dos sete concelhos e o seu reordenamento florestal.
António Costa disse que o Governo aceitou desde a primeira hora a proposta do PSD de que houvesse uma comissão técnica independente dependente da Assembleia da República para esclarecer tudo o que havia para esclarecer de forma isenta e imparcial.
"Aceitámo-lo porque entendemos que as pessoas têm direito de saber tudo. A comissão tem técnicos altamente capacitados para apurar tudo o que houver a apurar. O pior que podia acontecer era antecipar e especular sobre conclusões", frisou.