Entraram mais 19 camiões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A reabertura da fronteira de Rafah está a ser avançada por várias agências de notícias.
A informação da entrada de mais ajuda humanitária pelo Egito surgiu inicialmente nos meios de comunicação estatais do país. Inicialmente foram noticiados 17 camiões, mas a Reuters indica agora que são 19 os camiões que passaram no posto fronteiriço de Rafah.
Antes de entrar na Faixa de Gaza, os camiões foram inspecionados pela agência das Nações Unidas para os refugiados da Palestina.
O diretor desta agência, Thomas White, disse à Al Jazeera que não foi transportado combustível pelos camiões que entraram este domingo em Gaza, apesar dessa ser a mercadoria mais importante no momento.
"O combustível dá energia a fábricas de dessalinização que produzem água potável, dá energia a padarias para produzir comida, permite aos hospitais manter-se em funcionamento", disse o responsável.
No sábado, 20 camiões com materiais médicos, comida enlatada e água foram os primeiros a entrar na Faixa de Gaza com ajuda humanitária desde 7 de outubro. Após a passagem dos camiões, a fronteira voltou a fechar.
Segundo a ONU, são necessários cerca de 100 camiões de ajuda humanitária por dia para satisfazer as necessidades de Gaza. O diretor de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, já tinha referido a possibilidade de outro grupo de camiões, "talvez até ligeiramente maior" que o de sábado.
Também de acordo com as Nações Unidas, mais de 200 camiões, com cerca de 3.000 toneladas de bens para auxílio à população, estavam posicionados na sexta-feira junto à fronteira do Egito com a Faixa de Gaza. O fornecimento de água a Gaza é uma das principais questões, já que esta está cortada há mais de dez dias - o que já está a levar a casos de varicela, sarna e diarreia.
A passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, é a única saída para o exterior da Faixa de Gaza, já as restantes passagens fronteiriças são com Israel.
Esta fronteira estava encerrada desde o início dos bombardeamentos israelitas ao território, como represália pelo ataque do Hamas a Israel no passado dia 07 de outubro, que fez 1.400 mortos e mais de 200 reféns, que foram levados para Gaza.
[atualizada às 14h57]