Foi condenado a 35 anos de prisão o militar que forneceu documentos secretos ao site Wikileaks. Bradley Manning, de 25 anos, foi ainda afastado do Exército norte-americano.
A juíza Denise Lind condenou o militar a 20 crimes, incluindo espionagem e roubo, mas absolveu-o do crime de “ajuda ao inimigo”. A acusação pedia 60 anos de prisão.
Além da dispensa desonrosa do Exército norte-americano, Bradley Manning foi despromovido de soldado de primeira classe a soldado.
O Wikileaks já reagiu através da rede social Twiiter, dizendo que a condenação de Manning foi uma "vitória estratégica", uma vez que o soldado poderá sair em liberdade condicional depois de cumprir um terço da pena.
Num comunicado divulgado mais tarde, o WikiLeaks afirma que o julgamento e a condenação de Manning representam “uma afronta aos conceitos básicos da justiça ocidental”.
“O único desfecho justo para o caso do Sr. Manning era a sua libertação incondicional, uma compensação pelo tratamento ilegal a que foi sujeito e um empenho sério em investigar as irregularidades que as suas alegadas revelações trouxeram à luz do dia”, refere o WikiLeaks.
No dia 14, o soldado pediu desculpa no tribunal militar por ter entregue material secreto ao site Wikileaks. “Lamento ter magoado pessoas. Lamento ter ferido os Estados Unidos. Peço desculpa pelos resultados inesperados das minhas acções”, disse.
Em 2010, Manning, analista de dados, entregou mais de 700 mil relatórios e telegramas diplomáticos secretos ao portal Wikileaks sobre operações secretas no Iraque e no Afeganistão.