A passagem da tempestade Daniel pela Líbia deixou um rasto de, pelo menos, 150 mortos e destruição, causada pelas cheias rápidas que atingiram, sobretudo, a região Leste do país, avançam as autoridades locais.
O mesmo temporal, que já tinha provocado uma dezena de mortes na Europa, atingiu o país do Norte de África no fim de semana, obrigado à declaração do emergência extrema.
"Pelo menos 150 pessoas morreram na sequência das inundações e das chuvas torrenciais provocadas pela tempestade Daniel em Derna, na região de Jabal al-Akhdar e nos subúrbios de Al-Marj", declarou Mohamed Massoud, porta-voz da administração líbia sediada em Benghazi, à agência francesa AFP.
A tempestade Daniel atingiu as cidades de Benghazi, Sousse, Derna e Al-Marj. A cidade ocidental de Misrata também foi afetada pelas cheias.
Vídeos da tempestade divulgados nas redes sociais mostram um homem a ser arrastado pela água e condutores presos no topo dos automóveis devido às cheias.
Para além de escolas e lojas, quatro grandes portos petrolíferos tiveram que ser encerrados devido à tempestade.
A Líbia é um país dividido. Tem um Governo reconhecido pela comunidade internacional, mas a zona Leste é controlada por rebeldes.
O primeiro-ministro do Governo internacionalmente reconhecido, Abdulhamid Dbeiba, disse no domingo que tinha instruído todas as agências estatais para "lidarem imediatamente" com o impacto das maiores cheias das últimas décadas.
O gabinete da ONU na Líbia diz estar a acompanhar de perto a catástrofe e irá "fornecer assistência urgente em apoio aos esforços de resposta a nível local e nacional".