O Presidente da República apela ao voto nas eleições europeias de domingo. “Peço-vos esse pequeno sacrifício”, disse Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem aos portugueses em dia de reflexão.
Marcelo Rebelo de Sousa adverte os eleitores que será “um erro enorme” ficar em casa e não ir votar nas eleições para o Parlamento Europeu.
O Presidente da elenca vários motivos para os portugueses exercerem o seu direito cívico nas europeias deste domingo.
“A Europa é, com todos os seus problemas, a área com mais direitos do Mundo. Muita da nossa vida resolve-se na Europa”, salienta o chefe de Estado, explicando que a União Europeia vai tomar “decisões fundamentais para o nosso futuro” nos próximos meses e nos próximos anos.
Marcelo argumenta que na Europa “tomam-se decisões que marcam o nosso presente e o nosso futuro — nas finanças, na economia, no emprego, na formação, nas escolas, no ambiente, nas estradas, no digital, na inovação”.
“Na Europa temos tido apoio, com fundos, para fazermos muito do que sozinhos faríamos com maior custo e para mantermos, em momentos difíceis, a capacidade de nos financiarmos lá fora.
Ora, na Europa, na União Europeia, só temos uma hipótese de escolher os nossos representantes diretos. E que é, a de participar na eleição dos nossos deputados europeus”, sublinha o Presidente da República.
Independentemente de algo que tenha desgostado os eleitores na campanha eleitoral ou poderem pensar que o “voto é desnecessário”, Marcelo Rebelo de Sousa pede aos eleitores que não deixem a decisão nas mãos de outros.
“Peço-vos esse pequeno sacrifício que é não deixar nas mãos de 20% ou de 25% a decisão que é de todos. Até por uma razão muito simples, para no dia seguinte, não terdes, não termos, de recomeçar o queixume de que a Europa, a que pertencemos, está errada, de que a Europa não nos entende, de que a Europa não nos apoia como deveria fazê-lo, de que a Europa não é suficientemente solidária, de que a Europa se encontra dominada por aqueles que não queremos, nem aceitamos. Tudo porque a maioria esmagadora escolheu não escolher. Ou melhor, escolheu não dedicar, amanhã, uns minutos do seu tempo àquilo que vai determinar os próximos cinco ano da nossa vida”, adverte o chefe de Estado.
Marcelo alerta a abstenção enfraquece a democracia. “Assim começou, vezes demais, o caminho para a sedução dos poderes absolutos. Votar amanhã é não desistir da liberdade de mandar no nosso futuro”, conclui o Presidente da República.