"As eleições têm de ser o mais depressa possível, nos exatos termos em que o Presidente da República o referiu, logo após a entrega do Orçamento do Estado, de forma a que ainda haja Governo em janeiro e o PSD está totalmente de acordo com isso", afirmou Rui Rio, no final de uma audiência com o Presidente da República para discutir a dissolução do parlamento e a data das eleições antecipadas, que durou cerca de dez minutos.
O presidente do PSD admitiu ser impossível realizar eleições em dezembro ou no primeiro fim de semana de janeiro, devido à proximidade com o Natal ou o fim de ano.
"A primeira data possível é 9 de janeiro. Se, ainda assim se entender que devemos afastar campanha eleitoral oficial do Natal - apesar de ela ir acontecer -, pode ir-se até 16 de janeiro. A partir daí, não vejo nenhuma razão de interesse nacional para empurrar as eleições para a frente e inviabilizar que haja Governo em janeiro", afirmou, antecipando que, mesmo com estas datas, "dificilmente" existirá um Orçamento antes do fim do primeiro semestre, sobretudo se sair das eleições um Governo diferente do atual.
Questionado sobre qual a ideia com que ficou da data que o chefe de Estado preferirá, Rio respondeu: "Não levo rigorosamente ideia nenhuma, nós demos a nossa posição, o Presidente da República fez alguns comentários, mas basicamente limitou-se a ouvir o que nós dissemos", disse, reiterando que a posição do PSD é "em tudo igual" ao que Marcelo Rebelo de Sousa defendeu em 13 de outubro.
Questionado se a duração da reunião com o chefe de Estado - cerca de dez minutos - se deveu a alguma tensão entre os dois devido às críticas públicas feitas por Rui Rio a Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do PSD reconheceu a rapidez, mas não a tensão.
"Foi curta, foi. Mas tensão não houve nenhuma, zero", afirmou.