Pelo menos 22 pessoas morreram e 27 continuam desaparecidas após o maior vulcão da ilha de Java, na Indonésia, ter entrado em atividade, segundo a mais recente atualização do número de vítimas divulgada esta segunda-feira pelas autoridades locais.
As fortes chuvas e a atividade do vulcão Semeru, no distrito de Lumajang, na província de Java Oriental, que na manhã de segunda-feira registou uma pequena erupção, estão a dificultar o trabalho das equipas de resgate que procuram sobreviventes nas onze povoações da região.
Segundo a Agência Nacional de Desastres da Indonésia, a última atualização dá conta de 51 feridos com queimaduras, sendo que 35 destes estão em estado grave, notícia a agência EFE.
As autoridades referiram que ainda estão a receber informações e a comparar balanços de diferentes localidades e equipas no local, o que pode resultar em números diferentes a curto prazo.
Aquele organismo assinalou ainda que cerca de 5.200 pessoas foram afetadas pela erupção do Semeru, sendo que mais de 1.700 foram retiradas para os 19 centros de acolhimento criados.
A enorme erupção do vulcão ocorreu depois das 15h00 locais (08h00 em Lisboa) de sábado e causou uma enorme uma coluna de cinzas que atingiu os 12 mil metros.
A Agência Nacional de Desastres da Indonésia revelou ainda que, num raio de cinco quilómetros da cratera, quase três mil casas e 38 escolas ficaram danificadas, além de uma ponte que liga duas das principais cidades daquela região.
A Indonésia situa-se no "Anel de Fogo" do Pacífico, onde o encontro de placas continentais causa uma elevada atividade sísmica. O arquipélago do sudeste asiático tem quase 130 vulcões ativos dentro das suas fronteiras.
No final de 2018, a erupção de um vulcão entre as ilhas de Java e Sumatra provocou um deslizamento de terra subaquática e um tsunami, matando cerca de 400 pessoas.