Uma equipa de cientistas do Instituto Volcanológico das Canárias (INVOLCAN), Espanha, viajou esta terça-feira para a ilha de São Jorge, nos Açores, para apoiar os investigadores portugueses e “intensificar os trabalhos de vigilância vulcânica”, foi hoje divulgado.
De acordo com a entidade espanhola, a equipa do INVOLCAN vai “colaborar com o CIVISA [Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores] e o IVAR [Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos]” em “tarefas específicas relacionadas à monitorização geoquímica para intensificar os trabalhos de vigilância vulcânica na ilha de São Jorge”.
Na página oficial do INVOLCAN na rede social Facebook, o organismo esclarece que a equipa fica em São Jorge até 28 de abril, podendo ser reforçada, se se justificar.
“Dependendo da evolução da atual crise de São Jorge, a INVOLCAN irá deslocar mais pessoal para continuar o trabalho”, acrescenta.
A “primeira equipa” é composta por três pessoas: Maria Asensio Ramos, Juan Manuel Santana e Maud Smit.
O instituto espanhol refere que, desde o início da crise sismo-vulcânica de São Jorge, está a colaborar com o CIVISA e o IVAR, “tanto na área da geoquímica, como na área da geofísica, para apoiar as diferentes atividades científicas” que aquelas entidades açorianas estão a desenvolver.
O INVOLCAN assinala que “esta colaboração científica é agora possível graças” a vários projetos de financiamento comunitário.
Na ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores, registaram-se, desde 19 de março, um total de 27.223 sismos, dos quais 226 sentidos pela população, segundo os mais recentes dados oficiais.
Desde a tarde de 19 de março que se tem vindo a registar atividade sísmica na parte central da ilha de São Jorge, num setor compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, e que "continua acima do normal", segundo o CIVISA.
O sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56.
A ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.