A chanceler alemã Angela Merkel considera que “a Europa ainda não está suficientemente preparada para enfrentar crises” e que “para o projecto europeu se manter a economia tem de sobreviver”.
Mesmo que em graves situações anteriores, como a crise financeira ou a questão migratória, já se tinha visto essa insuficiência, agora, face ao desafio sem precedentes da pandemia da Covid 19, “todos os estados europeus têm o genuíno interesse em manter um mercado único europeu forte e de apresentar a Europa ao mundo como um bloco”, diz Angela Merkel.
A poucos dias da Alemanha assumir, no dia 1 de julho, a presidência rotativa da União Europeia, a chanceler alemã federal concedeu uma entrevista conjunta a seis títulos de referência dos jornais europeus, o grupo Europa, de que fazem parte The Guardian, Le Monde, Polityka, La Stampa, La Vanguardia e o Suddeutsche Zeitung com uma difusão de mais de milhão e meio de exemplares impressos.
Em concreto sobre o plano de recuperação europeu, Angela Merkel justificou a mudança alemã para a defesa do plano de apoio financeiro constituído não apenas por empréstimos como por subvenções directas. “Neste contexto é necessário que a Alemanha não pense apenas em si mesma, mas que esteja disposta a levar a cabo um extraordinário acto de solidariedade”, afirmou Merkel.
Sobre a próxima presidência alemã, Angela Merkel e os desafios colocados ao projecto europeu (e, em particular, a Portugal) elabora nesta emissão o engenheiro José Manuel Fernandes, eurodeputado do PSD.
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