Portugal vai enviar para a Ucrânia um total de cinco viaturas blindadas de socorro e apoio médico no teatro de operações, anunciou a ministra da Defesa, Helena Carreiras, esta sexta-feira, em Ramstein, na Alemanha, durante a reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia.
Trata-se de três
blindados do tipo M113 preparados para o transporte de feridos e de
dois blindados do tipo M577 em versão médica, ou seja, vocacionada para a
montagem de postos avançados de socorro.
A nova doação, que se encontra em preparação para envio, eleva para cerca de 770 toneladas o total de equipamento militar, letal e não letal, fornecido por Portugal à Ucrânia desde o início da agressão perpetrada pela Rússia.
O Governo português, em articulação com as Forças Armadas, enviou para a Ucrânia carros de combate Leopard 2A6, viaturas blindadas M113, veículos aéreos não tripulados de vigilância, armamento e munições, geradores de grande capacidade para produção de energia elétrica, equipamento de proteção individual e de comunicações, equipamento médico e sanitário, e kits de primeiros socorros em combate.
Durante a reunião, Helena Carreiras informou ainda da disponibilidade de Portugal para fornecer às forças armadas ucranianas munições de calibre 105mm.
Perante os parceiros e aliados reunidos em Ramstein, a ministra da Defesa reafirmou o compromisso de Portugal com a defesa da soberania e integridade da Ucrânia.
Durante a manhã, os ministros da Defesa (ou os seus representantes) dos países que têm carros de combate Leopard reuniram-se para discutir formas de apoiar a Ucrânia na sustentação logística daquela capacidade militar recém-formada pelas doações dos parceiros e aliados, através da criação de um centro de apoio e manutenção.
Militares portugueses em missão de treino na Alemanha
No âmbito da missão da União Europeia de assistência militar à Ucrânia (EUMAM-UA), cinco militares portugueses estão a dar formação e treino na área médica a soldados ucranianos, na Alemanha, até final deste mês.
Anteriormente, em fevereiro, três militares integraram um primeiro grupo de observadores.
De acordo com o planeamento da EUMAM-UA, prevêem-se para junho novas ações de formação por militares portugueses, nas áreas de instrução militar e de inativação de engenhos explosivos.