As alterações ao processo de vacinação da dose de reforço contra a covid-19 exigem também uma reorganização interna do núcleo de coordenação, além do aumento dos meios no terreno, admitiu hoje o responsável pelo plano.
"Estamos a reprogramar, é também uma reorganização interna para responder aos novos desafios. Estamos confiantes de que isso vai acontecer, estamos já a trabalhar para isso e esperamos que, progressivamente, vamos aumentando a nossa capacidade de vacinação", afirmou o coronel Carlos Penha Gonçalves aos jornalistas numa visita a um centro de vacinação em Mafra, no distrito de Lisboa.
O responsável por esta etapa do processo lembrou que há "um plano em curso" e que a estrutura está concentrada na sua execução, que prevê a vacinação de 900 mil pessoas até 19 de dezembro. .
"O nosso foco é esse e o ritmo que estamos a atingir agora vai permitir fazer isso. É preciso que as pessoas venham ao processo de vacinação quando forem agendadas. Se não conseguirem, venham à "casa aberta" e serão vacinadas. Neste momento estamos a vacinar as pessoas mais frágeis", esclareceu, reiterando: "Não vamos chamar as pessoas sem ter capacidade para as vacinar".
Questionado sobre o redimensionamento da resposta no terreno, Penha Gonçalves disse que a avaliação sobre os pontos de vacinação existentes está a ser feita pelas administrações regionais de saúde e que o ajuste, que "tem sido feito desde o início do processo", pode passar por um aumento em número ou na dimensão dos centros.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.310 pessoas e foram contabilizados 1.119.784 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde de hoje.