O coordenador da equipa nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores revela que estes organismos já receberam mais de 20 relatos de abuso, desde 2019.
Esta equipa, liderada pelo juiz jubilado, foi criada em fevereiro deste ano, para assessorar e definir uma base comum de atuação a ser aplicada pelas 21 comissões diocesanas existentes.
À Renascença, José Souto Moura explica que estes números referem-se a situações mais recentes, ao contrário da Comissão Independente que recolhe relatos dos últimos 70 anos. E garante que todos os casos de abuso sexual que chegam às comissões diocesanas também são reportados à equipa liderada por Pedro Stretcht.
"Essa articulação consiste sobretudo da informação dos casos que nos são apresentados", explicita.
O coordenador da equipa nacional das comissões diocesanas refere que há uma averiguação prévia de todos os relatos para depois se formular "uma proposta de atuação a nível das autoridades civis e uma proposta de atuação a nível das autoridades eclesiásticas".
José Souto Moura indica, também, que mesmo os casos prescritos são enviados ao Ministério Público e adianta que há uma recomendação para que as comissões promovam o acompanhamento das vítimas.
"Por exemplo, uma bolsa de psicólogos ou psiquiatras, porque se entendeu que não devem ser elementos da comissão a fazer esse acompanhamento", explica.