O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, confirma que a zona de Bruxelas vai manter-se em alerta máximo (grau 4) devido a "risco sério e iminente" de atentado. O resto do país vai continuar em grau 3. Esta foi a decisão saída da reunião do gabinete de crise, que reuniu primeiro-ministro, alguns ministros e forças de segurança.
"Tememos um ataque semelhante ao de Paris", alertou Michel, ao mesmo tempo que garantiu que "tudo está a ser feito para que possamos retomar uma vida normal".
O chefe de Governo reafirmou que escolas e metro vão manter-se fechadas na região de Bruxelas, pelo menos, na segunda-feira e que a população deve manter-se afastada de centros comerciais, transportes públicos, concertos e outros locais de grande aglomeração.
A presença do exército e da polícia nas ruas vai ser intensificada, acrescentou o primeiro-ministro. O gabinete de crise voltará a reunir-se, novamente, na segunda-feira à tarde para reavaliar a situação.
A situação de emergência na Bélgica surge poucos dias depois dos múltiplos atentados de Paris que fizeram, pelo menos, 130 mortos e mais de 350 feridos. Muitos dos terroristas, ligados ao autoproclamado Estado Islâmico, saíram ou têm ligações à Bélgica.
As autoridades escusam-se a dar mais indicações sobre o teor das investigações em curso, designadamente quantos presumíveis terroristas estão a ser procurados em Bruxelas, além daquele que é actualmente apontado como o "inimigo público número 1", Salah Abdeslam, que terá regressado a Bruxelas após participar nos ataques de Paris.