Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa vão cumprir um periodo de greve parcial na próxima sexta-feira, dia 29. Entre as 05h00 e as 09h00 não haverá circulação de comboios e o Tribunal Arbitral não decretou serviços mínimos, pelo que as estações só vão abrir a partir das 09h30. O pré-aviso, assinado por todos os sindicatos da empresa, inclui também o dia 4 de maio.
Mas já há outras paralisações previstas, que deverão ocorrer com frequência semanal e uma greve ao trabalho extraordinário e a eventos especiais, já iniciada.
Neste caso, está em causa o Rock in Rio e os Santos Populares, dois momentos em que a circulação de comboios se prolonga para a madrugada.
Sindicatos vão aumentar frequência das paralisações
Para maio deverão, ainda, ser marcadas, pelo menos mais duas greves. Em declarações à Renascença Nuno Fonseca, dirigente do SITRA, diz que os sindicatos já estão mandatados pelos trabalhadores.
A paralisação tem como objetivo contestar o não cumprimento do Acordo de Empresa por parte da Direção Operacional do Metro que, segundo o sindicalista, não cumpre o Acordo de Empresa.
Abrangidos estão os trabalhadores da Central e os maquinistas, razão pela qual não há circulação de comboios.
À semelhança do que tem acontecido nos últimos quatro anos, o Tribunal Arbitral justifica a decisão de não decretar serviços mínimos com o facto de ser uma greve parcial, de não existir outra greve de transportes em Lisboa na mesma altura e na jurisprudência do Conselho Económico e Social relativamente às greves de curta duração decretadas no Metro, desde 2018.
Rock in Rio e Santos Populares podem ser afetados
Além destas greves parciais está já em curso uma greve às horas extraordinárias e aos eventos especiais. Neste caso, o objetivo é que o protesto tenha impacto na realização de espetáculos do Rock in Rio e dos Santos Populares, em Lisboa e que mobilizam dezenas de milhar de pessoas.
Com os concertos e as festas a prolongar-se madrugada dentro, também é costume o Metro circular até às 03h00 ou 04h00, o que pode não acontecer, se até lá não houver uma resposta satisfatória da administração, prometem os sindicatos.
Sem acordo, o Metro funciona apenas até à 01h00, como acontece habitualmente.