Hélder Cristóvão acredita que, mais do que o clube, Cristiano Ronaldo no Al Nassr mudaria a face do futebol saudita e de toda a Arábia.
De acordo com a "Marca", CR7 está perto de assinar contrato de dois anos e meio com o Al Nassr, atual segundo classificado do campeonato da Arábia Saudita. Os números são astronómicos: vencimento de 200 milhões por temporada, com os acordos publicitários já incluídos.
Ouvido por Bola Branca, Hélder Cristóvão, que foi coordenador técnico e treinador do Al Nassr, considera que estamos perante uma contratação que iria mexer, e muito, com todo o futebol saudita e árabe. Cristiano Ronaldo "seria a principal bandeira do futebol saudita e vem entroncar, um pouco, com o que eles estão a fazer no Campeonato do Mundo".
"Ou seja, ajudando a promover a liga saudita", explica, acrescentando:
"Estamos a falar de uma ida de Ronaldo para o Al Nassr, que vai envolver não só o clube mas também o país. Riade tem resorts, hotéis e casas fantásticas e ele, nesse campo, não teria problema nenhum. A maior dificuldade seria no dia a dia: treinar à noite ou os árbitros locais. Mas estamos a falar de uma mega-estrela e, se isto acontecer, vai pôr o campeonato e o país noutra dimensão. Parte da ideia será essa."
O antigo internacional português revela que o Al Nassr é "patrocinado diretamente" pelo príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman Al Saud, "por isso será, talvez, a maior potência económica do país".
"O Al Hilal é o grande rival, mas o Al Nassr conseguiu reestruturar-se como clube e como marca e criou condições de excelência", refere.
Todavia, Hélder Cristóvão tem dúvidas que a notícia se confirme, pois considera que uma eventual parceria do capitão da seleção nacional com o futebol saudita envolveria "uma parceria para o futuro e não de imediato" e processar-se-ia mais facilmente através da "marca Ronaldo".
"Para ser o mais sincero possível, não estou a ver Ronaldo entrar num projeto destes. Não vai desperdiçar os últimos anos da sua carreira, quando pode ainda jogar em campeonatos que lhe permitam outro estatuto", finaliza o antigo central, em entrevista à Renascença.