Um homem está a caminho do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, com suspeitas de poder estar infetado com o coronavírus, apurou a Renascença junto de fonte do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A Direção-Geral da Saúde (DGS) já confirmou, em comunicado, que este caso suspeito está a ser avaliado.
"Este doente regressou da China no dia 22 de janeiro, onde teve contacto com um cidadão com provável infeção pelo 2019-nCoV, e está a ser encaminhado para o Centro Hospitalar Universitário de S. João no Porto, Hospital de Referência para estas situações", adianta a DGS.
As autoridades de saúde prometem atualizar a informação assim que forem conhecidos os resultados das análises laboratoriais deste que é o segundo caso suspeito em Portugal.
De acordo com o "Jornal de Notícias", o paciente é um empresário de nacionalidade italiana, de 45 anos, que esteve recentemente na China, numa cidade próxima de Wuhan, o epicentro do coronavírus.
Portugal já tinha registado um caso suspeito no fim de semana passado, em Lisboa, mas os resultados deram negativo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
Esta é a sexta vez que a OMS declara uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.
Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e a exigência de uma resposta internacional coordenada.
A Direção-geral da Saúde ainda não decidiu o que vai fazer com os portugueses que estão a ser repatriados de Wuhan, por causa do surto de coronavírus.
Em conferência de imprensa esta tarde, em Lisboa, Graça Freitas explicou que existem vários protocolos em cima da mesa e que a DGS já pediu a opinião a vários especialistas e seguirá a opção que for mais consensual. Existem, por enquanto, duas possibilidades.
“Tudo o que sabemos é que os passageiros vão chegar numa determinada hora e determinado dia a um aeroporto em França. O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a gerir esta operação que é de imensa complexidade, pelos muitos contornos que tem, inclusivamente diplomáticos. Dito isto, que rastreio vai ser feito? O rastreio vai ser feito de uma de duas formas, com inquérito epidemiológico ou com análises”, explica Graça Freitas, esclarecendo que o rastreio laboratorial pode não ser 100% conclusivo se a pessoa em questão estiver no período de incubação.
[notícia atualizada às 21h39 - doente é um empresário italiano]