O braço armado do Hamas anunciou este sábado a libertação de 17 reféns, quatro deles estrangeiros e 13 cidadãos israelitas, após inicialmente ter adiado a troca de reféns por presos, até que Israel permitisse a entrada de ajuda no norte de Gaza.
Em comunicado, a Brigada al-Qassam indica que os reféns foram entregues à Cruz Vermelha na noite deste sábado, informação confirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, país que intermediou as negociações.
"13 cidadãos israelitas e quatro estrangeiros foram recebidos pela Cruz Vermelha e estão a caminho de Rafah", anunciou nas redes sociais o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed Al Ansari.
O exército israelita confirmou, entretanto, que os reféns libertados chegaram a hospitais de Israel, "onde se irão reencontrar com as suas famílias".
No sentido contrário, Israel liberta 39 prisioneiros palestinianos de prisões israelitas. Entre os libertados das prisões israelitas contam-se "33 crianças e seis mulheres", enquanto os prisioneiros israelitas libertados pelo Hamas são oito crianças e cinco mulheres, para além dos quatro estrangeiros, sobre os quais não deu pormenores.
Antes disso, o representante do Qatar tinha avançado que os obstáculos para a libertação de reféns "tinham sido ultrapassados" através de contactos do Egito e Qatar com ambos os lados.
O Hamas adiou a entrega de um segundo lote de reféns e acusou Israel de violar os termos do acordo a que chegaram relativamente à entrada de ajuda humanitária e à libertação de prisioneiros palestinianos de alta patente. Em comunicado, a Brigada al-Qassam, citada pela Reuters, indicou que a libertação de reféns seria adiada se Israel não atendesse aos termos acordados para a troca de prisioneiros palestinianos.
Este sábado, o porta-voz militar de Israel assegurou ao canal televisivo francês BFM que o país respeitou ao máximo as tréguas.