Cinco camiões já estão prontos para iniciar os trabalhos de recuperação do dique afetado no leito central do rio Mondego, estando apenas à espera que a estrada de acesso esteja transitável, anunciou esta quinta-feira o Ministério do Ambiente.
Cinco camiões com terra e pedra estão "prontos" para os trabalhos de recuperação do dique que sofreu uma rutura no leito central do rio Mondego, confirmou à Renascença fonte do Ministério do Ambiente e Ação Climática.
Segundo a mesma fonte, os camiões estão apenas à espera que a Estrada do Campo, paralela ao rio Mondego, esteja em condições, estando neste momento a retirar "material lenhoso" daquela via.
Fonte do Ministério do Ambiente e Ação Climática refere que os trabalhos de recuperação do dique afetado (há outra rutura no leito periférico direito) poderão começar ainda hoje, caso a estrada fique desimpedida.
Os camiões são de uma empresa privada, contratada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para assegurar a obra de urgência.
Esta será a primeira fase de recuperação do dique, referiu a mesma fonte.
Os efeitos do mau tempo da semana passada, na sequência das depressões Elsa e Fabien, provocaram três mortos e deixaram 144 pessoas desalojadas, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.
O mau tempo levou também a condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, danos na rede elétrica e a subida dos caudais de vários rios, provocando inundações em zonas ribeirinhas das regiões Norte e Centro, em particular no distrito de Coimbra.
No rio Mondego, a rutura de dois diques provocou cheias em Montemor-o-Velho, onde várias zonas foram evacuadas e uma grande área, incluindo muitas plantações, estradas e o Centro de Alto Rendimento, ficou submersa.
A situação começou a ter na segunda-feira os primeiros sinais positivos de melhoria e diminuição do grau de risco, segundo a Proteção Civil.