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Quase todos os líderes partidários recusaram a proteção do Corpo de Segurança Pessoal da PSP oferecida esta quarta-feira por António Costa. Após o ataque, com tinta verde, de um ativista climático a Luís Montenegro, o primeiro-ministro deu instruções à Polícia de Segurança Pública para disponibilizar segurança pessoal aos líderes dos partidos que o pretendessem.
À chegada do comício do PS desta noite - na Casa do Campino, em Santarém -, Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas se aceitava a segurança pessoal da PSP, mas respondeu apenas que "nós não precisamos".
André Ventura também dispensa a segurança oferecida por António Costa. À entrada do restaurante em Vila Real onde fez o comício da noite, o líder do Chega lembrou que o partido tem "uma equipa de segurança há vários anos", e declarou que "não se deve desviar recursos da PSP, num momento em que há tanta falta de elementos policiais no país".
Mariana Mortágua reagiu ao fim da tarde. Depois de descrever o ataque a Montenegro como "injustificável", "inaceitável" e "intolerável", a líder do Bloco de Esquerda explicou que a avaliação de segurança que o partido faz neste momento "não justifica" esta medida.
"Não estamos a falar de ataques à segurança pessoal dos candidatos, são ataques à democracia e à forma como a democracia funciona. A avaliação que fazemos neste momento de segurança não justifica esse tipo de medidas, mas em momento nenhum tira gravidade ao que aconteceu e o que aconteceu foi um condicionamento do livre decorrer das eleições", explicou.
IL "confia no país", CDU não tem "necessidade"
Rui Rocha foi um dos primeiros líderes a reagir à disponibilização da segurança pessoal pelo primeiro-ministro, ainda durante a tarde de quarta-feira. O presidente da IL agradeceu o gesto, mas não aceita porque confia no país.
"Eu agradeço, mas não vou utilizar, confio no país, confio nas pessoas em Portugal e, portanto, continuarei com a mesma atividade sem nenhuma limitação, sem alterar nada, mas também sem nenhum tipo de segurança", afirmou aos jornalistas.
Ainda durante a tarde, também Paulo Raimundo anunciou que não vai pedir o reforço de segurança. "Nós não temos nenhuma necessidade dessas medidas", apontou, contando que a CDU anda "muito à vontade na rua".
O líder da coligação que junta PCP e Os Verdes referiu que as ações como o ataque a Montenegro têm "um resultado contraproducente", considerando que "estão a afastar as pessoas das causas que defendem", que são "muito mais nobres do que esta ou aquela atitude".
Depois de terem condenado o ataque durante tarde, o Livre e o PAN confirmaram também que não vão aceitar a oferta de segurança pessoal.