VOLT Portugal quer trazer jovens qualificados que emigraram
28-02-2024 - 17:43
 • Carla Fino

A líder do VOLT Portugal lamenta que Portugal esteja a formar grandes quadros, que depois têm de procurar emprego fora do país.

De panfletos na mão, Inês Bravo Figueiredo, candidata nacional pelo VOLT Portugal, percorre o campus universitário da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa a explicar ao que vem. Às dúvidas colocadas pelos estudantes sobre os empregos que os jovens procuram na Europa, a líder do partido defende que Portugal deve atrair "indústrias de futuro, muitos empregos técnicos como a exploração espacial, transição climática, tudo o que diz respeito a produção de medicamentos".

"São indústrias que nós sabemos que vão ser relevantes no futuro. Por isso, defendemos que se deve trazer mais empresas europeias nestas áreas para cá", explica Inês Bravo Figueiredo.

A líder do VOLT Portugal lamenta que Portugal esteja a formar grandes quadros, que depois têm de procurar emprego fora do país. A candidata garante que o partido tem propostas concretas para trazer as oportunidades económicas para fixar os jovens. Entre as medidas estão "benefícios fiscais a empresas inovadoras, criar polos e clusters empresariais para potenciar o crescimento".

Mas a crise na habitação também não está esquecida nos planos do VOLT Portugal. É uma questão com grande impacto nos jovens: "Sabemos que os jovens em Portugal saem da casa dos pais aos 29 anos. É muito tarde, e por isso temos de ter em Portugal um mercado de arrendamento e um mercado de compra de casas a preços acessíveis e que possam ser comportados pelos salários portugueses", sublinha a dirigente.

O VOLT Portugal acredita que estas eleições podem fazer crescer o partido. É uma boa oportunidade para fazer passar a mensagem "esta voz, esta visão para o futuro" defende Inês Bravo Figueiredo. Admite que também é um bom pontapé de saída a pensar nas eleições europeias de junho, até porque sendo um partido pan-europeu, "temos de continuar a construir este projecto europeu e que podemos fazê-lo a partir da Assembleia da República também".