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A Confederação do Comércio e Serviços pede a reabertura de algumas atividades económicas já daqui a uma semana, a 17 de março.
No dia em que o Governo vai revelar aos parceiros sociais o plano de desconfinamento, à Renascença, o presidente da confederação João Vieira Lopes diz que face à melhoria da situação pandémica, há condições para reabrir, por exemplo, lojas mais pequenas, cabeleireiros, e outros estabelecimentos de maior dimensão, mas com menor risco de contágio.
“Achamos que a partir do dia 17, deviam abrir o comércio de proximidade – que não exige grande mobilidade e é bastante seguro em termos de contágios”, sugere, adiantando que esta reabertura devia ser feita “por escalões”.
“Numa primeira fase, lojas de 200 metros quadrados, depois lojas de 400 e depois todas as outras”, especifica
Vieira Lopes acrescenta que, na primeira fase, podem também reabrir “alguns setores que apesar de não terem esta dimensão, não têm grandes riscos de ajuntamentos como, por exemplo, stands de automóveis, agências imobiliárias”
O presidente da Confederação defende também a reabertura de “cabeleireiros e barbeiros, porque é uma questão importante até para o equilíbrio psicológico das pessoas”.
A Confederação do Comércio e Serviços entende ainda que, no que toca à restauração, deveria ser permitido o serviço de esplanada.
Ainda sobre a restauração, João Vieira Lopes apela ainda a mudanças no atual regime de take away, passando a ser permitida a venda de bebidas e que também os restaurantes dos centros comerciais possam vender em regime de venda para fora.
Uma em cada cinco empresas em risco de fechar
Nesta entrevista à Renascença, o presidente da confederação diz que a reunião desta quarta-feira com o Governo vai ser centrada sobretudo no plano de desconfinamento, mas deixa de mostrar preocupação com a falta de apoios que, assegura, está a levar ao encerramento de cada vez mais empresas.
“Com o nível de apoios que está a ser dado a esta tipologia de empresas, o mais provável é que pelo menos uma em cada cinco encerre e muitas outras vão reduzir pessoal”, estima.
Vieira Lopes elogia a abertura que tem sido mostrada “para vários apoios, nomeadamente o programa APOIAR ser reforçado, o lay-off simplificado ser alargado”, mas critica a falta de concretização.
“Mais uma vez são feitas aberturas em termos de promessas e tardam depois a concretização e, normalmente, ainda tarda mais a chegada do dinheiro às empresas”, remata.