O coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, Pedro Veiga, considera que a tolerância de ponto de sexta-feira ajudou a minimizar o impacto do ataque informático do vírus “WannaCry”.
Em declarações à Renascença, o coordenador do centro operacional de monitorização de ciberataques contra as infra-estruturas do Estado fala do que foi feito para evitar que o malware que afectou 150 países parasse a Administração Pública e que avança que cada ministério está a tratar da questão de forma descentralizada.
Qual a dimensão deste ciberataque?
Há um potencial, cuja dimensão não podemos avaliar, de que o problema continue. Como sexta-feira foi dia de tolerância de ponto, isto pode ter ajudado a conter o problema, porque pode ter dado tempo para avisar as pessoas das boas praticas a ter em conta.
Há alguma indicação para esta segunda-feira para os serviços públicos, de limitação de usos dos sistemas informáticos?
Cada ministério fará isso numa base descentralizada. Foi lançado um alerta para todos os ministérios para informarem os respectivos funcionários, dos cuidados que devem ter. Isso está a ser feito e ao longo do dia vamos tendo uma avaliação de como é que essa prática está a ser implementada e das consequências que eventualmente existam.
Mas não houve nenhuma indicação para que os
sistema informáticos não fossem usados?
Não houve indicação central. Cada ministério fará isso com base nas suas políticas.
Houve algum sistema afectado em Portugal?
Estamos a fazer o levantamento e só ao final da tarde terei informação mais rigorosa. Mas com base na informação que eu tenho neste momento não houve prejuízos na administrações públicas de relevo.
Este tipo de ataque pode pôr em causa a segurança das informações que os vários ministérios detêm?
Este tipo de ataque destina-se a bloquear sistemas e não a roubar informação dos sistemas.