Em resposta à recusa de negociação por parte do Governo, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais anunciou, esta terça-feira, a emissão de um pré-aviso de greve de 24 horas para o dia 8 de Setembro.
Os guardas-florestais protestam contra a extinção da carreira e pela exigência de suplementos remuneratórios.
A federação já reivindicou junto do actual executivo a reactivação da carreira, a contratação imediata de mais guardas-florestais e a revisão dos suplementos auferidos, mas “o secretário de Estado disse não a todas estas questões”, mostrando “uma falta de diálogo atroz”, acusa o representante da Federação, Luís Pesca.
Na semana passada, após a reunião da federação sindical com o secretário de Estado, Luís Pesca mostrou-se surpreendido pela intransigência demonstrada, tendo em conta “as declarações em defesa da floresta e da prevenção dos incêndios florestais, quer do primeiro-ministro, quer de outros membros do Governo, nos últimos dias”.
Portugal tem sido muito afectado pelo flagelo dos incêndios e, no entender de Luís Pesca, os guardas-florestais “são imprescindíveis na defesa e protecção das nossas matas e florestas, na avaliação dos riscos de incêndio, no cálculo da área ardida e na vigilância da caça e da pesca”.
O sindicalista adianta ainda que na última vez que a federação fez uma revisão aos suplementos auferidos pelos trabalhadores havia irregularidades no pagamento dos ordenados por parte da GNR.
Durante a greve, a federação garante que as funções dos guardas-florestais vão ser asseguradas por outros trabalhadores. Para o mesmo dia, está marcada uma manifestação que irá começar no Largo do Carmo, em Lisboa, seguindo para o Terreiro do Paço.