A ADSE vai denunciar à Procuradoria-Geral da República novos casos de fraudes nos hospitais públicos com o subsistema de saúde dos funcionários públicos.
De acordo com o "Jornal Económico", muitas das situações detectadas relacionam-se com sobrefacturação de medicamentos e com casos de medicamentos de marca que são debitados à ADSE quando na realidade foram administrados genéricos aos doentes.
Em entrevista ao jornal, o presidente do conselho directivo da ADSE, Carlos Liberato Baptista, em breve vão seguir para o Ministério Público novas comunicações de fraude, decorrentes de auditorias feitas recentemente. Carlos Liberato Baptista dá como exemplo o caso de comprimidos de paracetamol que chegam a ser debitados a 10,69 euros a unidade, mais do que os 10,30 euros que custa uma caixa de 10 unidades deste tipo de comprimidos.
O mesmo responsável revela que, em 2017, "foram realizadas sete auditorias com situações fraudulentas que geraram queixas ao Ministério Público, entre as quais algumas relacionadas com medicamentos".
Para intensificar o controlo das despesas, a ADSE vai criar um “travão” para preços dos medicamentos. Ou seja, é definido um limite pelo fármaco facturado em unidose que tenha como preço máximo o PVP do medicamento acrescido de uma percentagem de 40%, não podendo a margem superar os 50 euros. Esta medida levará a poupanças, em 2018, de 6,9 milhões de euros para a ADSE.