O Papa Francisco aprovou este sábado a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heróicas” de D. António José de Sousa Barroso (1854-1918), missionário e bispo do Porto de 1899 a 1918.
O documento foi publicado na sequência de uma audiência entre o Papa Francisco e o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, esta sexta-feira.
Esta é uma fase central do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade.
António José de Sousa Barroso nasceu em Barcelos a 5 de Novembro de 1854 e morreu a 31 de Agosto de 1918; formou-se no Colégio das Missões Ultramarinas de Cernache do Bonjardim, de 1873 a 1879.
Ordenado sacerdote missionário em 20 de Setembro de 1879, foi missionário no Congo, Angola, de 1880 a 1891; foi bispo missionário em Moçambique, de 1891 a 1897, e em Meliapor, na Índia, de 1897 a 1899, antes de assumir a Diocese do Porto.
O prelado destacou-se como missionário, ficando célebre pela forma como lutou contra a perseguição feita à Igreja Católica por Afonso Costa, na sequência da implantação da República Portuguesa.
Em Março de 2015, D. António Francisco dos Santos encerrou os processos canónicos de inquérito a duas curas miraculosas atribuídas à intercessão de Sílvia Cardoso e D. António Barroso, cujas conclusões seguiram para Roma.
A aprovação de um milagre é agora o passo necessário para a proclamação destas figuras da Igreja Católica como beatos.
Já em Janeiro deste ano, o bispo do Porto anunciou, em nota pastoral, um reforço do empenho da diocese nos processos de canonização dos fiéis deste território, que decorrem em Roma.