Mais de 35 milhões de espanhóis vão às urnas este domingo para eleições regionais em todo o país tidas como barómetro das legislativas, que se disputam no final do ano.
A votos estão todos os municípios do país e assentos nos parlamentos de 12 comunidades autónomas.
Para garantir a boa ordem e a transparência do ato eleitoral, o Governo mobilizou cerca de 100 mil agentes policiais para um dispostivo de segurança que é o maior em eleições na história da Espanha democrática.
Isso deve-se em boa parte à campanha eleitoral manchada por fraudulentas compras de votos e casos de corrupção, que põem em causa a pureza de todo o sistema.
Essas irregularidades estão em parte ligadas à grande incerteza dos resultados. Um voto a mais ou a menos pode ser decisivo na escolha dos novos autarcas.
Todas as sondagens preveem um grande equilíbrio entre a direita comandada pelo Partido Popular (PP, maior partido da oposição) e a esquerda, liderada pelos socialistas (PSOE).
Serão escassas as maiorias absolutas, o que obrigará a que nos sítios onde queiram governar os populares tenham de negociar com a extrema-direita representada pelo Vox e os socialistas com os seus atuais parceiros do Governo central.
As votações de hoje serão o grande ensaio para as eleições gerais previstas para dezembro. Pedro Sanchez e o líder da oposição, Alberto Nunes Feijó, sabem-no e estão conscientes de que o seu futuro político irá depender e muito do que hoje possa acontecer.