"As ofertas ainda não preencheram as prateleiras da despensa", mas o apelo da organização "Porta Solidária" já está a produzir resultados.
O padre Rubens Marques revela na Renascença que "felizmente, já começaram a chegar as ofertas", mas adverte que "ainda se está muito longe" de acautelar os próximos meses.
No último fim de semana, os responsáveis da "Porta Solidária" lançaram um apelo à ajuda porque poderia estar em risco o serviço diário de refeições que a Paróquia da Senhora da Conceição, no Porto proporciona às pessoas em dificuldade, e em particular aos sem abrigo. Na ocasião, a Porta Solidária dizia que a despensa estava praticamente vazia.
O padre Rubens agradece a todas as pessoas que já responderam ao pedido de ajuda e diz entender a redução do apoio porque "as pessoas, sendo generosas e solidárias, têm menos dinheiro do orçamento familiar para oferecer porque a inflação é muito alta e para o cabaz familiar já gastam muito dinheiro no supermercado".
O responsável revela que "os apoios institucionais quase desapareceram" e essa é uma "grande preocupação".
"Várias empresas ajudavam, mas, entretanto, deixamos de ter qualquer apoio de empresas", sublinha.
Neste momento, a Porta Solidária serve 450 refeições por dia, porque "aumentou imenso o número de migrantes". De acordo com Rubens Marques, "neste momento, há 16 nacionalidades a vir comer à Porta Solidária e neste momento só migrantes já são quase 150 por dia".
"As ofertas que já nos vão chegando são um sinal que nos ajuda a crescer na esperança", remata o responsável pela Porta Solidária