A NATO espera um ataque em larga escala da Rússia na Ucrânia e colocou a sua força de reação rápida em alerta para defender os países aliados, anunciou hoje o secretário-geral da Aliança.
"Tudo sugere que a Rússia está a planear um ataque maciço na Ucrânia", depois de enviar tropas para os territórios separatistas pró-russos de Donbass, no leste do país, disse Jens Stoltenberg após uma reunião extraordinária da comissão NATO-Ucrânia, na sede da Aliança, em Bruxelas.
Putin assinou, na segunda-feira à noite, o reconhecimento das repúblicas separatistas de Lugansk e de Donetsk, na região oriental do Donbass, e ordenou às forças armadas russas que entrassem naqueles territórios ucranianos numa missão de "manutenção da paz".
A câmara alta do Parlamento russo aprovou hoje o pedido do Presidente para envio de militares russos para o estrangeiro, após Vladimir Putin se ter comprometido com assistência militar aos separatistas pró-russos na Ucrânia.
Após um debate de urgência, o senado aprovou este pedido por unanimidade dos 153 membros.
O Presidente russo, Vladimir Putin, tinha horas antes pedido autorização para usar forças militares fora do país, uma medida que torna formal um destacamento militar russo para as regiões rebeldes e que pode permitir um ataque mais amplo à Ucrânia.