A GNR deteve este ano 54 pessoas pelo crime de incêndio florestal e registou 6.337 contraordenações por falta de limpeza dos terrenos e 854 autos devido à realização de queimas e queimadas, indicou hoje a corporação.
Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana faz um ponto da situação da operação "Floresta Segura 2019", que começou a 15 de janeiro e termina a 6 de dezembro e que integra várias fases, desde ações de sensibilização e de fiscalização, reforço de patrulhamento e vigilância e deteção e combate dos incêndios rurais.
A GNR adianta que, desde 15 de janeiro e até 10 de outubro, dia em que terminou o período crítico do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios, foram registados 6.014 crimes de incêndio florestal, que resultaram na detenção de 54 pessoas e na identificação de 535.
Aquela força de segurança registou também este ano 6.337 contraordenações devido à falta de gestão de combustível (limpeza de terrenos) e 854 autos por incumprimentos das normas para a realização de queimas e queimadas.
A GNR refere igualmente que, desde 15 de janeiro e até ao dia 10 de outubro, realizou cerca de 6.200 ações de sensibilização, alcançando mais de 122 mil pessoas com o objetivo de alertar para a importância de um conjunto de procedimentos preventivos a adotar, nomeadamente, sobre o uso do fogo, limpeza e remoção de matos e manutenção das faixas de gestão de combustível.
A corporação precisa que estas ações privilegiam "o contacto pessoal, através de iniciativas em sala, dirigidas a autarcas, produtores florestais, comunidade escolar, agricultores, associações e população em geral".
A GNR acrescenta que vai continuar a realizar ações de rua e porta-a-porta, tendo já efetuado, este ano, cerca de 50.700 patrulhas e percorridos mais de 3,3 milhões quilómetros.
Segundo aquela força de segurança, 26% dos primeiros e segundos alertas por incêndio foram dados pela Rede Nacional de Postos de Vigia da GNR, permitindo "desta forma dar uma resposta mais célere e eficaz no combate aos incêndios".
O último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indica que, entre 01 de janeiro e 30 de setembro, ocorreram 10.359 incêndios rurais, mais 16 do que no mesmo período de 2018, de que resultaram em 41.014 hectares de área ardida, mais 375 hectares do que em período idêntico do ano passado.
O relatório provisório adianta que o ano de 2019 apresenta, até 30 de setembro, o terceiro valor mais baixo em número de incêndios e o terceiro valor mais reduzido de área ardida, dos últimos 10 anos, sendo 2014 e 2018 os anos que apresentam dados inferiores.
O ICNF destaca também que setembro foi o mês com o maior número de incêndios rurais (2.458) e julho o que registou maior área ardida este ano (14.035 hectares).