O Iniciativa Liberal quer chamar a ministra da Defesa e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas ao Parlamento.
O partido diz que são necessários esclarecimentos sobre o ciberataque aos sistemas informáticos da defesa nacional que levou à exfiltração de documentos classificados da NATO.
Os liberais querem também ouvir, na comissão de defesa, com caráter de urgência, a secretária-geral do Sistema de Informações da República e o diretor do gabinete nacional de segurança.
Falhas no sistema informático militar terão estado na origem de uma quebra de segurança que permitiu extrair documentos portugueses classificados da NATO, que agora estão à venda na "dark web", avançou esta quinta-feira o "Diário de Notícias".
O alerta foi dado pelos serviços secretos norte-americanos, adianta o jornal, tendo avisado o Governo português de um "ciberataque prolongado e sem precedentes" aos computadores do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), das secretas militares e do Ministério da Defesa.
Contactado pela Renascença, o EMGFA não faz comentários, bem como o Centro Nacional de Cibersegurança. O Ministério da Defesa refere que “todos os ciberataques são objeto de coordenação estreita entre as entidades que, em Portugal, são responsáveis pela cibersegurança”.
Já o gabinete do primeiro-ministro diz que "pode garantir que o Ministério da Defesa Nacional e as Forças Armadas trabalham diariamente para que a credibilidade de Portugal, como membro fundador da Aliança Atlântica, permaneça intacta".
A NATO já terá pedido esclarecimentos ao Governo português sobre este caso.