O vice-almirante Gouveia e Melo revelou nesta terça-feira que 84,3% da população portuguesa já está totalmente vacinada e "rapidamente a caminho dos 85%", meta que deve ser atingida daqui a "uma semana, semana e meia".
Num encontro com o primeiro-ministro, a ministra da Saúde e outros responsáveis, o vice-almirante Gouveia e Melo disse ainda que vão começar a telefonar às pessoas que já tiveram Covid-19 e ainda não foram à vacinação. Gouveia e Melo referiu também que há 86,4% da população com uma primeira dose.
Olhando para o total da população que pode ser vacinada, Gouveia e Melo refere que só falta vacinar "345 mil pessoas dos quais 140 mil ainda não são elegíveis [por terem tido Covid nos últimos três meses]". O responsável pela "task force" adiantou que " há 80 mil pessoas que já recuperaram e ainda não foram à vacinação".
Segundo o vice-almirante, em números redondos, Portugal recebeu 20 milhões de doses de vacinas, tendo doado cerca de 10% (dois milhões de doses) e há outros dois milhões ainda "em stock".
Vacinas da gripe já chegaram a Portugal
Gouveia e Melo falou ainda sobre o processo de vacinação contra a gripe, refererindo que já estão em Portugal 480 mil doses. Os idosos em lares serão os primeiros a ser vacinados, abrindo-se depois gradualmente o processo, que deve estar terminado a 15 de dezembro, estimou.
Sem o camuflado e vestindo a farda da Marinha, Gouveia e Melo explica que, quando foi atingida a meta de 70% da população totalmente vacinada, a incidência começou a cair "abruptamente".
"Quem tiver dúvidas que a vacinação tem uma influência extraordinária nisto, é olhar para este gráfico", destacou.
Missão cumprida
"Entrego a minha missão", disse Gouveia e Melo, na reta final da apresentação. Gouveia e Melo liderou a task-force durante oito meses.
Depois da exposição de Gouveia e Melo tomou a palavra o primeiro-ministro, António Costa, que considerou "este um momento muito importante" e lembrou que a vacinação foi decisiva para controlar a pandemia.
Costa referiu ainda que agora é preciso aguardar a decisão da Agência Europeia do Medicamento (EMA) sobre a administração de uma terceira dose, garantindo que Portugal está preparado para qualquer hipótese, seja uma administração universal seja apenas para alguns. Caso seja decidido não administrar qualquer dose adicional, as vacinas que o país dispõe serão doadas.