O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, apresentou uma queixa-crime contra o acionista da Groundforce, Alfredo Casimiro, avança a RTP3.
Em causa está a divulgação pública de uma conversa privada entre Pedro Nuno Santos e o empresário, segundo fonte oficial do Ministério das Infraestruturas.
Tudo terá acontecido numa reunião entre o ministro e o acionista da Groundforce para tentar encontrar uma solução para os salários em atraso na empresa de handling.
A conversa terá sido gravada sem autorização do ministro das Infraestruturas e estará a circular em grupos do WhatsApp.
Os cerca de 2.400 trabalhadores da Groundforce aguardam ainda pelo pagamento dos salários de fevereiro e receiam a perda dos postos de trabalho, caso seja pedida a insolvência da empresa, depois de não ter sido alcançado acordo entre o acionista privado, a Pasogal (50,1%) e a TAP (49,9%).
Segundo fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, as negociações, que já se arrastaram vários dias, falharam porque Alfredo Casimiro, dono da Pasogal, não pode entregar as ações como garantia para o empréstimo, uma vez que já se encontram penhoradas.
Em causa estão as negociações para um adiantamento de 2,05 milhões de euros para pagamento de salários em atraso, relativos a fevereiro, que seria feito pela TAP à Groundforce, em que as ações da Pasogal seriam dadas como garantia.