O Papa renovou hoje a sua solidariedade à população ucraniana, manifestando o receio de que a guerra no leste da Europa venha a cair no esquecimento da opinião pública.
“Muitas vezes penso que um dos maiores perigos, agora, é esquecer o drama da Ucrânia. A pessoa habitua-se, habitua-se… depois não é assim tão importante. Um dia destes, vi no jornal que a notícia sobre a guerra estava na página 9! Não é um problema que interesse e isso é feio, é feio”, declarou, dirigindo-se no Vaticano a um grupo de religiosos ucranianos, recebidos em audiência esta manhã, juntamente com os participantes de capítulos gerais de três congregações.
O Papa referiu que a Ucrânia vive um momento de “dor” e “martírio”.
“Gostaria de dizer que estou próximo de vós, toda a Igreja está próxima, toda. Acompanhamos-vos como podemos, na vossa dor. Estamos próximos, por isso, e todos nós devemos olhar para eles, porque neste momento estão no martírio”, assinalou, no discurso dirigido a representantes da Ordem Basiliana de São Josafat, da Ordem da Mãe de Deus e da Congregação da Missão (Vicentinos).
“Estais no martírio, desejo que o Senhor tenha compaixão de vós e, doutra forma, esteja próximo de vós com a paz e o dom da paz”, referiu aos basilianos ucranianos.
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, confirmou em Roma que “o Papa quer ir à Ucrânia e irá lá o mais rápido possível”.