Veja também:
- Sondagem das Sondagens
- Fact Check: "80% dos cheques-cirurgia ficam por utilizar." Verdade ou mentira?
- Nem todos os partidos estão a cumprir lei da paridade. As listas para as legislativas à lupa
- Todas as notícias sobre as eleições legislativas
André Ventura diz que "forças vivas" do PSD querem um acordo com o Chega após as eleições legislativas e cita um discurso recente do social-democrata Pedro Passos Coelho.
Apesar do “não é não” do líder do PSD, Luís Montenegro, o presidente do Chega insiste num entendimento pós-eleitoral para evitar um Governo do PS.
Sem revelar ao país quem é que lhe garantiu que, em caso de uma maioria de direita, haverá uma coligação AD-Chega, André Ventura mantém o segredo. “São forças vivas que eu conheço bem do PSD e sabem bem que não podemos deixar o PS governar se houver uma maioria à direita”, afirma.
O presidente do Chega não revela nomes, mas sublinha que algumas vozes do PSD têm falado publicamente.
“Alguns até se têm feito ouvir, não sou eu que tenho que referir os nomes deles. Ângelo Correia, Miguel Relvas, Rui Gomes da Silva. O próprio Pedro Passos Coelho no final do discurso disse: ‘Luís, eu sei que terás que encontrar as forças necessárias para fazer uma maioria. Neste momento, sabemos que só há hipótese de haver duas forças com maioria: o PSD e o Chega ou o PSD ou o Chega”, sublinha André Ventura.
Em declarações posteriores aos jornalistas, o líder do partido de extrema-direita repetiu que "várias figuras do PSD disseram que o PSD tinha que encontrar soluções e que não era por um capricho de Montenegro que íamos ficar sem governo à direita".
Questionado sobre estas declarações do líder do Chega, o secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, responde que quer evitar esse cenário para Portugal.
“Aquilo é uma confusão e exatamente essa confusão que eu não quero para o país”, declarou Pedro Nuno Santos, à entrada para um jantar-comício, em Coimbra.