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A terceira fase do desconfinamento traz a reabertura dos centros comerciais. São espaços que oferecem comércio, serviços, cultura e lazer - um mundo dentro de várias centenas de metros quadrados - que, por causa da pandemia, se viu forçado a fechar portas.
A Renascença falou com o presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais. António Sampaio de Mattos garante que estes espaços estão preparados de acordo com as recomendações da DGS.
“Foram criadas regras de circulação nos centros, para evitar contactos e grandes concentrações de pessoas; há doseadores de gel distribuídos por várias zonas; há marcações no chão com circuitos preferenciais; há marcações sobre distanciamento e para a não criação de filas nos diversos sítios. A área da restauração – foodcourt – está preparada para que não haja grandes contactos e se possa manter um distanciamento social. Os circuitos de limpeza de desinfeção foram melhorados e reforçados”, descreve.
Na sua opinião fazem sentido soluções equilibradas para assegurar a sustentabilidade dos comerciantes e logistas, como por exemplo, prolongar as moratórias nos empréstimos ou o pagamento faseado de impostos. António Sampaio de Mattos diz que o Governo deve manter estas ajudas.
“É preciso que o Governo possa continuar a ajudar nestas matérias, porque os centros comerciais vivem das lojas e sem elas não há centros comerciais. Nesta área, o Executivo já fez algumas coisas, mas entendemos que fará sentido criar apoios”, sublinha.
Os proprietários dos centros comerciais acreditam que o Governo vai permitir a reabertura das portas a estes espaços. “Acho que no dia 1 as lojas vão estar abertas ao público, porque todas vão estar autorizadas. Pode haver uma ou outra que, por qualquer razão, não tenha tido condições de abrir logo por se ter atrasado, mas devem abrir ao longo da primeira semana.”
De acordo com este responsável, os consumidores “não vão cair logo no dia 1. Vai ser um caminho paulatino, que vai melhorando dia a dia”. Para António Sampaio de Mattos, a partir de julho ou agosto o tráfego deve estar muito perto do normal.
O Conselho de Ministros vai reunir-se esta sexta-feira para fazer o balanço das medidas da segunda fase de desconfinamento e tomar decisões relativamente à terceira fase, que prevê a reabertura do pré-escolar, dos centros comerciais, dos cinemas, teatros e salas de espetáculo.
Para esta fase está prevista também a reabertura ao pública de lojas com área superior a 400 metros quadrados, ou inseridas em centros comerciais.
Na quinta-feira, no final de mais um encontro com especialistas sobre a "situação epidemiológica em Portugal", no Infarmed, em Lisboa, o Presidente da República considerou que "a fotografia" da evolução da pandemia de Covid-19 no país "é favorável", mas admitiu preocupação com situação na região de Lisboa, onde tem crescido o número de infetados.
Portugal contabiliza pelo menos 1.369 mortes associadas à Covid-19 em 31.596 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.