O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, ordenou, esta segunda-feira, uma limpeza urgente do ponto turístico mais famoso do país, Boracay, chamando-o de "piscina de esgoto". Acrescentou que não hesitaria em fechá-lo completamente.
Duterte disse que deu ao secretário do Ambiente, Roy Cimatu, seis meses para resolver o problema na ilha de Boracay, local que o presidente filipino considera estar sobredesenvolvido e que se tornou um "desastre".
Boracay, na ponta norte da ilha central de Panay, atrai quase dois milhões de visitantes locais e estrangeiros, todos os anos, por causa de sua areia branca fina e "açucarada", movida nocturna e desportos aquáticos diversificados.
Consistentemente votado por revistas de viagem como um dos principais destinos turísticos para relaxar, Boracay traz receitas importantes através dos resorts de cinco estrelas e restaurantes à beira-mar e continua a ser uma atração para sul-coreanos, chineses, americanos e australianos.
Mas Duterte advertiu que as coisas terão de mudar por causa do que chamou de "pilhas de lixo não coletado" e de a apenas 20-25 metros da praia haver um esgoto que corre para o mar.
"Criaram um desastre", disse Duterte num discurso sobre Cebu, outra ilha daquele país asiático.
Duterte acusou o governo local e os residentes de Boracay por serem "negligentes" com o desenvolvimento, permitindo fossem construídas estruturas na praia sem instalações adequadas de esgoto e de tratamento de água.
"Vou acusá-los de negligência", disse Duterte. "Haverá um tempo em que os turistas não mais lá irão".