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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou esta sexta-feira a barragem de Fagilde, em Viseu, e mostrou-se espantado com o nível baixo das reservas de água que só dão 20 dias de abastecimento.
"Vinte dias, disse? Vinte dias é o final do mês de Novembro, princípio de Dezembro", exclamou Marcelo Rebelo de Sousa, em conversa com os presidentes das Câmaras de Viseu e de Mangualde, Almeida Henriques e João Azevedo, respectivamente.
O nível da albufeira de Fagilde não estava tão baixo desde 2005.
O autarca João Azevedo explicou que, para restabelecer a normalidade, teria de haver "500 camiões por dia a deitar água dentro da bacia da barragem de Fagilde".
Questionado pelos jornalistas sobre se tinha noção desta realidade, Marcelo Rebelo de Sousa disse ter-se apercebido dela ao ouvir, "nos últimos dias, as intervenções dos senhores presidentes de Câmara" e "quando ficou patente que afinal a chuva não vinha".
O Presidente da República ouviu soluções para o problema da falta de água na região: "Não podemos perder de vista construir a barragem do Vouga, que seria uma segunda fonte de abastecimento", disseram os autarcas.
Marcelo Rebelo de Sousa apelou à solidariedade entre autarquias para ajudar a ultrapassar a actual situação.
Graças à sensibilização por parte da autarquia de Viseu, já foi registada uma diminuição do consumo de 3.000 metros cúbicos. No entanto, 27 camiões-cisterna continuam a fazer 122 cargas de área no concelho de Viseu.
[notícia actualizada às 22h09]